[Paulicéia 032] Cinco livrarias para visitar com crianças em São Paulo
Alfredo Caseiro, fundador Pé de Livros, especializada em literatura infantil, indica obras que dialogam com o Brasil atual.
TL;DR 👉 São Paulo só tem quatro livrarias dedicadas ao público infantil; o entrevistado da semana Alfredo Caseiro indica livros para crianças que dialogam com o Brasil de hoje.
Alfredo Caseiro, entrevistado de segunda-feira, indica as únicas quatro livrarias infantis de São Paulo. “Duas ficam na Vila Mariana: a NoveSete e a PanáPaná. Outra, mais antiga, chama Casa de Livros, e fica na Chácara Santo Antônio, é uma livraria linda numa casa grande. E tem mais uma na zona norte, a Companhia Ilimitada, que também tem mais de quinze anos. São ótimas livrarias, mas para uma cidade do tamanho de São Paulo é pouco, né?”
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📚 Cinco livros infantis que conversam com o Brasil de hoje, indicados pelo Alfredo Caseiro:
“Por mais grotesco que pareça, as pessoas ainda não têm dimensão da gravidade do período da ditadura militar. Alguns são canalhas e naquela época apoiaram e agora estão excitados de novo achando que vão ter tudo aquilo de volta, outros estão meio adormecidos mesmo. Eu acho que a pandemia acentuou essa imobilidade, mas as coisas já vinham acontecendo. Primeiro a Dilma foi deposta, depois o Temer se tornou presidente com pouca ou nenhuma resistência, aí vem essa criatura inominável, as pessoas parece que estão em negação. Então é importante pensar a respeito.”
“A pauta feminista também é importante na Pé de Livros, e a Chimamanda tem sido uma referência mundial. O ‘Sejamos Todos Feministas' tem uma versão pra crianças.”
“Daniel Munduruku é um dos principais autores indígenas do Brasil. Estamos vendo a invasão de terras indígenas, a cooptação dos índios para dizer que eles estão sendo empoderados, tendo direito de ter garimpo nas terras. É um movimento brutal.”
“O Brasil precisa conseguir avançar na questão do antirracismo. Nós temos obras maravilhosas nessa temática, autores muito relevantes. Esses livros são menos comercializados do que deveriam, mas têm enorme importância.”
“A Malala não pode faltar. Nessa questão do sucateamento da educação a Malala se tornou um ícone. Em um país como o Paquistão, teve que quase morrer para conseguir fazer valer o direito de estudar.”
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Será assim: as entrevistas de segunda, com os retratos do Ale Ruaro, seguirão gratuitas; os conteúdos enviados às quartas (sempre um aprofundamento do assunto de segunda) e às sextas (dicas de roteiro cultural em São Paulo) serão enviados apenas para quem apoia em alguma modalidade paga: modalidades mensal, anual e membro fundador, com um valor inicial de R$15.
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As dicas de coisas para fazer em São Paulo no fim de semana (ou "finde”, se você é paulistane).